Este dispositivo detecta fugas de corrente, – quando ocorre vazamento de energia dos condutores – desarmando o disjuntor onde está ocorrendo o problema, evitando que uma pessoa possa levar um choque.
O dispositivo DR (Diferencial Residual) protege as pessoas e os animais contra os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de corrente). Ao detectar uma fuga de corrente na instalação, o Dispositivo DR desliga o circuito imediatamente.
– Contato direto
A pessoa toca um condutor eletricamente carregado que está funcionando normalmente.
– Contato indireto
A pessoa toca algo que normalmente não conduz eletricidade, mas que se transformou em um condutor acidentalmente (por exemplo, devido a uma falha no isolamento).
O dispositivo DR é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampère), que um disjuntor comum não consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo humano.
Dessa forma, um completo e eficaz sistema de aterramento deve conter o fio terra e o dispositivo DR.
De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é obrigatório desde 1997 nos seguintes casos:
1. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira.
2. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação.
3. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos na área externa.
4. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente molhadas ou sujeitas a lavagens.
Observações:
. a exigência de proteção adicional por dispositivo DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas de corrente nominal de até 32A;
. quanto ao item 4, admite-se a exclusão dos pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a pelo menos 2,50m do chão;
. o dispositivo DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo de circuitos.
A NBR 5410/97, norma da ABNT sobre instalações elétricas de baixa tensão, prescreve a separação dos circuitos de iluminação e tomadas em todos os tipos de edificações e aplicações, independentemente do local (quarto, sala, etc).
Há dois motivos básicos para essa exigência.
O primeiro é que um circuito não deve ser afetado pela falha de outro, não permitindo que, por ocasião de um defeito em circuito, toda uma área fique desprovida de alimentação elétrica.
O segundo é que a separação dos circuitos de iluminação e tomadas auxilia, de modo decisivo, na implementação das medidas de proteção adequadas contra choques elétricos.
Nesses casos, quase sempre é obrigatória a presença de um dispositivo DR nos circuitos de tomada, o que não acontece com os circuitos de iluminação. Ao contrário do que pode parecer, o aumento de custo de uma instalação é quase insignificante quando se separam os circuitos de iluminação e tomadas.
Além disso, a crescente presença de aparelhos eletrônicos (computadores, videocassete, DVDs, reatores eletrônicos, etc.) nas instalações provoca um aumento na presença de harmônicas nos circuitos, perturbando assim o funcionamento geral da instalação.
Uma das recomendações básicas quando se trata de reduzir a interferência provocada pelas harmônicas é separar as cargas perturbadoras em circuitos independentes dos demais.
A NBR 5410/97 exige ainda que a seção mínima dos circuitos de iluminação seja de 1,5 mm e a dos circuitos de força, que incluem as tomadas, de 2,5 mm.
Portanto, a exigência da norma de separar os circuitos de iluminação e força tem forte justificativa técnica, seja no que diz respeito ao funcionamento adequado da instalação, à segurança das pessoas ou à qualidade de energia no local.
Diversos